sábado, 25 de dezembro de 2010

Incerteza de um futuro bom

Dá medo...

Das incertezas do dia seguinte.
Do viver sem sentido, sem razão.
Da monotonia das noites vazias.
Sem esperança ou motivação.

Dá medo...

De perder as palavras totalmente.
E romantismo nelas não mais haver.
Dos pensamentos não te alcançarem.
E, dos meus olhos você esquecer.

Dá medo...

De não achar refúgio nas tempestades.
E nas revoltas ondas do mar dolente.
Sofrer a angústia torpe de perceber.
O frio cortante do teu olhar ausente.

Dá medo...

De sufocado e envolvido pela culpa.
O amor ser varrido totalmente.
E, nossos sonhos serem todos banidos.
E, levados de nós, pelo vento quente.

Dá medo...

De nossas almas fadadas ao exílio.
Em cem mil dias de solidão.
De lágrimas vertidas, inutilmente.
De sentir frio e vazio no coração.

Dá medo...

De no limiar da minha vida concluir;
Que o anoitecer esperado foi esquecido.
Que a porta sempre aberta, não existiu.
De nas suas madrugadas, eu nunca ter existido.

Dá medo sim!


Nenhum comentário: