quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Gula






Na selvageria deste desejo, encontro você. Minha posse!
Sou teu de corpo e alma, a tua presa, a tua caça... Devora-me!
Alimento-me de teu corpo, e tua volúpia... Sou tua dona!
Se delicie com cada parte do meu corpo, lambe-me, chupa-me, morde-me. Coma-me, quero ter o prazer de ser comido... Alimente-se da minha excitação!
Não sou puritana, quero ver-te entregue como num banquete.
Sacie esta fome, pelo meu ser, lambuza-se com cada parte da presa!
Gulosa, prendo-te entre minhas pernas, levo-te ao delírio...
E com cada uma das tuas bocas, suga-me ferozmente até o âmago da tua essência, levando ao êxtase total desse ato antropofágico.
Energicamente domino-te... Derrama sobre mim o que quero!
Deleite-se com o líquido viscoso que sai das minhas entranhas.
Esta fome não tem fim, toda noite há um novo banquete...
Porque nossa Gula é maior que este falso moralismo.

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